Qualquer que seja o meio profissional a probabilidade de que ocorram decepções é a mesma que ocorre em nossa vida pessoal, afetiva, familiar , etc. Entretanto, tenho 04 áreas de atuação em minha vida profissional e andei refletindo sobre elas.
Na área médica, quando microbiologista de um hospital público e de dois laboratórios particulares, me desencantei com a vaidade excessiva, principalmente das pessoas mais idosas e experientes que, a meu ver, tiveram tempo de sobra para deixar de lado essas coisinhas bobas, tipo " eu sou melhor, sei mais que vc, meu diagnóstico é o mais preciso, minhas análises mais corretas," etc Tive o meu primeiro grande desencanto!
Da área médica, migrei, por um desses desvios do destino, para o varejo, onde suportei a duras penas a vaidade de quem manda mais, de quem amedronta mais, com gritos, ameaças, pouco caso ao ser humano, humilhação aos mais humildes, exploração em todos os sentidos e, proporcionalmente ao meu bom desempenho e alegria com vendas & pessoas, tive, seguramente o meu mais triste desencanto - com pessoas e com as empresas.
Fui parar no serviço diplomático, 04 anos num consulado, no rio de janeiro, e entre gringos e brasileiros o objetivo constante de agradar ao cônsul geral...todos bajuladores, mas a essa altura da vida eu já havia me casado, já era mãe e tinha uma tolerância maior em relação às decepções. Me deixei magoar muito pouco!
É bem provável que outras decepções virão e é provável também que eu as tirarei de letra porque o tempo é bom, nos traz equilíbrio, maturidade e o budismo nos orienta e fortalece..
A pior das minhas decepções se deu no meio acadêmico. Ainda a vaidade excessiva, a facilidade de desqulificar os colegas de profissão, as críticas maldosas com o único propósito de ferir, a incompetência premiada e reconhecida e o pior de tudo: depois que as escolas passaram a vender mercadorias a seleção dos profissionais deixa muitíssimo a desejar chegando ao absurdo de contratações de pessoas desequilibradas,( mesmo aos olhos de um leigo), com manias de grandeza, de perseguição, sem o compromisso devido com a educação e formação dos alunos, mas sim com os números e resultados financeiros que esses alunos são capazes de gerar.
Esses executivos da educação e do ensino não conversam, não dialogam, não respondem, não sabem ouvir e mesmo aqueles que se gabam de pertencer aos recursos humanos, não atendem telefone, não se explicam, não respondem e-mails, mandando "mensageiros" comunicar fatos que deveriam ser relatados e resolvidos na base do olho por olho...
Com muita tristeza andei fazendo um balanço dos longos anos trabalhados e o que leva as pessoas a comportamentos tão infelizes e ainda assim, aceitos pelos presidentes de empresas e das instituições ?
Pensei seriamente em admitir que o erro pudesse ser meu, mas resisto - é o sistema que é podre, carcomido, falso e sendo assim, como tudo na história desse país, não tem jeito...ou você se adapta ou sai fora - cansei de me adaptar, estou saindo fora !!!
2 comentários:
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